2.2.10

O dia em que encontrei a mudernidade na Rua Augusta

Como mulher muderna que sou, sempre tentei seguir as melhores tendências das altas paneladas da sociedade. Então, me bandiei para Rua Augusta, o celeiro da mudernidade paulistana. O lugar onde todas as tribos (no sentido Rede Globo de Televisão da coisa) se encontram. Um lugar hype, hippie e puto ao mesmo tempo. O sonho de qualquer ser em transformação, por isso queria me sentir parte desse momento contemporâneo da minha cidade.


Mas já que essa experiência era tribal (no sentido Rede Globo de Televisão), resolvi realizar com outras mulheres. Resolvemos subir a partir do centro toda a Rua Augusta, observando o modo de agir das pessoas que se propuseram passar a noite de sua querida sexta-feira ali. E fiquei tentando refletir o porque que: pessoas ditas alternativamente mudernas, tretavam para a conquista de uma das sujas mesas de sujos botecos com cheiro de pernil frito em busca de uma fatídica cerveja Itaipava.


Antes de maiores reflexões, consegui observar isso de uma maneira nunca dante imaginada por mim: a partir de minhas amigas tribais. Enquanto eu seguia o caminho da roça rumo ao topo da Rua Augusta, as garotas da minha tribo apontavam seres e faziam comentários. Sim, seres até de outras tribos (no sentido Rede Globo de Televisão) e comentavam sobre os apontados. Assim, participando de tais comentários, me senti parte presente da mudernidade daquele local e, entendi porque depois tivemos que tretar para conquistar uma das sujas mesas de sujos botecos com cheiro de pernil frito em busca de uma fatídica cerveja Itaipava.


Uma vez fui conhecer uma cidade do interior. Quando era sexta-feira ou sábado, todos os hypes, hippies e putos da cidade ali se reuniam na praça da igreja e ficavam se apontando e fazendo comentários. Lição de Hoje: mulher muderna, não tenha medo de mudar os seus picos. Saiba que onde você estiver, a mudernidade estará com você em busca de uma treta para conquistar uma das sujas mesas de sujos botecos com cheiro de pernil frito em busca de uma fatídica cerveja Itaipava.

2 comentários:

Marcelo Mayer disse...

yeah!!!!!!! vai ser foda... a 120 por hora!

Dayane Soares Vicente disse...

Ainda assim, com toda a 'mudernidade' onde quer que eu vá rs, quero conhecer a rua Augusta.