10.9.09

Do tijolo ao satélite: o muderno telefone celular



Desde quando o celular se tornou uma necessidade muderna, todos nos obrigamos a possuí-los. Quando ele era uma opção muderna muito cara, poucos possuiam e, os muderninhos que detinham o poder de carregar o celular, carregavam tops de linha tijolão preto ou cinza, bem escuro de preferência, ou seja mais discretos possível. Faz parte do muderno ser sutil e quase imperceptível.

Como o dono da fábrica de celulares se preocupa muito com a gente, então ele decidiu inventar outros tipos de aparelhos. Por fim, chegando hoje ao extremo ego da mudernidade. As pessoas tem celulares coloridos, como fotinhas e tudo mais. Todo mundo fica com aquele celular ali por perto esperando que alguém ligue, mas ninguém liga. Ninguém recebe ligação mas, principalmente, ninguem liga. Se recebe, na maioria das vezes é algum cobrador (hehehe). Ninguém liga mais pra ninguém. Fora que ligar pra celular é um tormento de caro!

Um aparelho descartável que tem o objetivo de ser um facilitador da comunicação, peca pela pela simbologia de individualizar. Ninguém se dialoga nessa individualização. Falta a essência para se comunicar, por isso o negócio é tão frio. Todo mundo tem o seu celular personalizado, mas na verdade, na sua verdadeira personalidade ninguém é Vivo, Claro ou Tim e , querendo ou não, você acaba passando pela personalidade desses qeridos homens que fizeram o aparelho "pensando em você, cliente querido". Sabemos que ele suga, suga as nossas emoções e, quando a gente chega em casa `a noite, somente "ele" recarrega as energias.

Geralmente, as pessoas se evitam. Não querem te encontrar. Você faz questão de não falar. Você não quer comentar, nem questionar, nem criticar, nem encontrar. Você não quer que comentem, que questionem, que critiquem, que te encontrem. Então, compra um telefone celular.

Começando com Ternura

A volta do Mundo Muderno






Voltei. E que assim seja.